30 de abr. de 2009

Influenza A em tempo real

O Google começou a mapear em tempo real o avanço da gripe Influenza A entre os moradores do México. A ferramenta é semelhante a utilizada nos Estados Unidos em 2008, no Centro de Controle de Doenças, para mensurar os efeitos da doença. 

A empresa, porém, alerta para o fato de que os dados não são cruzados com registros anteriores à proliferação da gripe no México, mas o mapa dá um panorama atual da gripe. 

LM

29 de abr. de 2009

See aqui, see ali, see acolá





Tudo bem que pode-se dizer que ainda é cedo para mudar uma cultura pautada na hierarquia mudar a forma de exibição de conteúdo na rede em formatos que provoquem agenciamento e não demanda de informação. Também dá para entender que o NY Times saiu na frente quando contratou um editor só para taggear seus textos e o colocou no mesmo nível do mancheteiro do jornal. Isso sem contar as experiências exaustivas de uso de redes sociais nas coberturas misturadas a depoimentos do cotidiano alheio. 

Mas o que não tem perdão a essa altura do jogo é ainda ter em conta que o sujeito precisa de setas e de indicações textuais para entender que há mais texto, mais foto, mais, mais, mais, mais a exemplo do site da revista de celebridades People.   O mundo mudou e os projetistas de rádio, tevê e jornais impressos não enchem os olhos do ouvinte, espectador e leitor com guias para ligar o dispositivo, mudar de estação ou de canal e explicações do tipo: vire a página ou vá até a página tal para ver todas as fotos publicadas evento xis. 

Será que é tão difícil orientar um sujeito sobre as práticas de navegação da cultura de rede? 

A pensar, 

LM

Os mapas da gripe Influenza A




O IDG Now fez uma seleção de mapas da gripe Influenza A criados pelo Google Maps. Um dos destaques mais criativos é o mapa coletivo do Mexico que convida os usuários a colaborarem com informações sobre a doença

LM

Para pensar a composição

Fotos vão para o Flickr, vídeos ficam no You Tube, notas longas ganham espaço no blog, o Twitter destaca as curtas, o Delicious lista os bookmarks, e o Facebook puxa tudo e reorganiza. O publicador da web 2.0 é um agregador de várias fontes de conteúdo?

LM

Estranhas interfaces

Não vou traduzir a análise de Xaquín González Veiras, editor gráfico do NY Times,  no xocas.com, do especial do jornal espanhol El Mundo sobre os 100 dias de Barack Obama à frente da presidência dos EUA, pela simples razão de que a tradução iria atrapalhar a interessante visão das interfaces estranhas.

A pensar,

LM

Slideshow para inspirar

Muito bom o detalhe do slideshow do NY Times sobre patrulha de soldados americanos por causa de emboscada no Afeganistão

A pensar,

LM

Os jornais têm futuro?


Alan Rusbridger on the Future of Journalism from Carta on Vimeo.

Diretor do Guardian fala sobre o que virá pela frente para as empresas de comunicação. 

A pensar,

LM

28 de abr. de 2009

O mapa do Facebook

Do TechCrunch

LM

UOL, 13 anos

Não precisa explicar, certo? Experimente

LM

2009 Symposium Presentations

Já estão na rede para download os power points das apresentações do Simpósio Internacional de Jornalismo realizado na Universidade do Texas, em Austin (EUA). Vale a pena baixar para o HD. O Brasil foi representado por Beth Saad (ECA/USP) e Marion Strecker (UOL).

LM

27 de abr. de 2009

Mapa do open source

Quer saber a quantas anda o open source mundo afora? Agora você pode. Graças a pesquisas realizadas pelo Georgia Tech foi possível criar um índice e um mapa de atividades de uso de fonte aberta.

O índice mede 75 países baseado em um ranking que leva em conta políticas, ações e dados dos campos de governo (acordos para uso de software livre), indústria (número de usuários de OSS -Open Source Software -, registrados per capita e crescimento da internet) e comunidade (número de internautas per capita, apoio a softwares livres e aplicação dos códigos oferecidos pela Google).

A aferição vai de 1 (alto) a 75 (baixo) e a pesquisa pode ser feita por atividades e ambientes open source. Mesmo os países com baixo índice podem ter características favoráveis ao uso de programas como Linux, por exemplo, por registrarem alto número de usuários de internet e patentes de software.

Os dados são exibidos em um mapa mundi dinâmico que classifica os países de acordo com o resultado apresentado por cada um. Estados Unidos, Brasil, China e Austrália e alguns países da Europa, como França, Alemanha e Reino Unido, têm destaque em atividades open source.

A dica é do Blog do GJOL

LM

Henry Jenkins e a mídia participativa


O programa Milênio, da Globo News, exibiu em março passado entrevista com Henry Jenkins, escritor e diretor do programa de mídia comparativa no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT).

Jenkins é autor de nove livros, entre eles "Cultura da Convergência" em que cunhou o termo narrativa transmídia (transmedia storytelling). O termo está relacionado à noção de que as mídias habitam diferentes plataformas com conteúdos que se complementam.

A dica é do Blog do GJOL

LM

26 de abr. de 2009

Designing for "Big Data"


Em 20 minutos, Jeef Veen explicou ao público do evento Web 2.0 Expo realizado em São Francisco (EUA) no início do mês, como a tecnologia permite gravar, armazenar e analisar a gigantesca quantidade de dados postada ao longo de quase duas décadas de web. 

Para o fundador da empresa de consultoria em mídia digital Adaptive Path, a melhor forma de exibir esses códigos é a visual. Veen é um dos responsáveis pelo Measure Map, comprado pela Google e incorporado ao Google Analytics. 

LM

Does your newspaper Twitter?

O Twitter está mesmo na ordem do dia. Nomes de peso do design como Mario García e Alberto Cairo criaram contas no microblog. 

García anunciou sua estreia explicando aos navegantes o que é o serviço e aconselhando aos publishers a entrar lá: "Does your newspaper Twitter? If not, get going. Most importantly, get journalists to Twitter. No better way to get interaction with readers. In Sweden, a majority of newspaper editors Twitter. Most write blogs as well, by the way." Já Cairo usa o espaço para destacar notas postadas em seu blog.

meu comentário: pesquisadores de design informacional agradecemos à entrada de García e Cairo no Twitter. Sem dúvida, seguí-los fará toda a diferença para pensar a composição na cultura de rede. 

LM
LM

24 de abr. de 2009

Para organizar a busca, Newstimeline

Atualizado em 27 de abril de 2009, às 11h31

Google Newstimeline é um aplicativo que organiza a busca cronologicamente: "It allows users to view news and other data sources on a browsable, graphical timeline. Available data sources include recent and historical news, scanned newspapers and magazines, blog posts, sports scores, and information about various types of media, like music albums and movies". Por enquanto, dá apenas para pesquisar nos EUA.

errata: ao contrário do que foi publicado neste blog, o novo serviço da Google é o Newstimeline e não o Labs.

LM

Silverlight on MSNBC's Interactives?

Silverlight é uma plataforma desenvolvida pela Microsoft para concorrer com o Adobe Flash. O tutorial do Microsoft Developer Network dispensa explicações. Saiba tudo sobre Silverlight e aprenda a programar essa aplicação.

By Andrew DeVigal, via Flickr

LM

A imersão no papel

Acha que já viu todo tipo de infográficos? Que a sensação de imersão só acontece na web? Então, passe os olhos por essa seleção postada na galeria do Flickr. Muitos lembram a visualização em base de dados de projetos de jornalismo e arte digitais. É a remediação da rede para o papel (MANOVICH: 2008. p. 33).

A dica é da Ana Estela, no Twitter.

LM

23 de abr. de 2009

Manifesto sobre as Mídias Locativas

Não dá pra não reproduzir na íntegra o manifesto de André Lemos. Leitura mais que recomendada. Esse é um dos casos em que é perfeitamente perdoável publicar notas grandes. Vale pelo tamanho da curiosidade. Imperdível. Go ahead.

LM

André Lemos

"Para Bernardo, que já busca o seu lugar no mundo.

Mídia – Todo artefato e processo que permite superar constrangimentos infocomunicacionais do espaço e do tempo. Mídias produzem espacialização, ação social sobre um espaço. Mídias produzem lugares.Locativo – Categoria gramatical que exprime lugar, como “em” ou “ao lado de”, indicando a localização final ou o momento de uma ação.Mídia Locativa. Tecnologias e serviços baseados em localização (LBT e LBS) cujos sistemas infocomunicacionais são atentos e reagem ao contexto. Ação comunicacional onde informações digitais são processadas por pessoas, objetos e lugares através de dispositivos eletrônicos, sensores e redes sem fio. Dimensão atual da cibercultura constituindo a era do “ciberespaço vazando para o mundo real” (Russel, 1999), a era da “internet das coisas”.

1. Crie situações para perder-se. O medo de perder-se é correlato ao medo de encontrar. Mas perdendo-se, encontra-se. A desorientação é uma forma de apropriação do espaço! Tudo localizar, mapear, indexar é uma morte simbólica: o medo do imponderável, do encontro com o acaso: evitar uma dimensão vital da existência. “Perder-se é um achar-se perigoso”, como diz Clarice Lispector.

2. Erros, falhas, esquecimentos de localizações e de movimentações são as únicas possibilidades de salvação da hiperracionalização atual do espaço. Só uma apropriação tática dos dispositivos, sensores e redes poderá produzir novos sentidos dos lugares. Desconfie de sua posição e de seu status de nômade. Quando sua operadora diz, “você é nômade”, desconfie. Mas saiba que o nomadismo é um traço essencial da aventura humana na terra!

3. Tudo é locativo: aprendemos, amamos, socializamos, jogamos, brigamos, festejamos, trabalhamos..., sempre de forma locativa. Não há nada fora do tempo ou do ESPAÇO. E o espaço social é o LUGAR. Em tudo, o lugar é o que importa.

4. Lugar é composto por fluxos de diversas territorializações. Ele é sempre dinâmico e, ao mesmo tempo, enraizado. Lugar é vínculo social. Lugar é fluxo de emoções, é topos, é memória e cristalização de sentimentos. Lugar não é fixação mas interrelação. Com as mídias locativas, o lugar deve ser visto como fluxo de diversas territorializações (sociocultural, imaginária, simbólica) + bancos de dados informacionais. Espaços visíveis marcados por fluxos invisíveis de informação circulando por redes invisíveis.

5. Hoje é impossível pensar os lugares sem os territórios informacionais. Mas lugares persistem sem nenhuma informatização. Não esqueça destes lugares. Pense nos contextos independentes de qualquer tecnologia.

6. Estamos na era da computação ubíqua e pervasive (Weiser), ou seja da informática em todos os lugares e em todas as coisas. Mas não há tecnologias sensíveis e nenhuma delas está atenta a contextos! Elas estão em tudo e em todos os lugares, mas não sabem o que é um contexto e nem tem capacidades de sentir o local.

7. Depois do upload para a Matrix lá em cima, a internet 1.0, agora é a vez do "download do ciberespaço", da informação nas coisas aqui em baixo, a internet 2.0. Não se trata mais do virtual lá em cima, mas do que fazer com toda essa informação das coisas e dos lugares aqui de baixo! Como nos relacionamos com as coisas e com os lugares? E agora, com essas coisas e lugares dotados de informação digital e conexão à internet? Convocamos Heidegger e Lefevbre?

8. Recuse os LBS e LBT que te colocam apenas na posição de mais um consumidor massivo. Busque produzir informação localizada que faça sentido aqui e agora. Esse é o único meio de construir lugares sociais com essa tecnologias de localização e mobilidade. Reivindique das mídias locativas as funções pós-massivas. A publicidade, o marketing e as operadoras te querem apenas como receptor passivo, massivo, embora supostamente livre, móvel e sem fronteiras. Eles te querem controlado, ativo mas consumindo, receptor pensando que está emitindo. Agir é mais. Reaja à isso.

9. Saiba que as mídias de localização não são novas. Toda mídia é, ao mesmo tempo, local e global. Preste atenção às mídias locativas analógicas que estão entre nós, pense nas anotações urbanas como os graffitis, stickers, bilhetes ou notas, preste atenção às marcas nas ruas, aos índices a sua volta, ao jornalismo local e agora hiperlocal. Aja como um detetive buscando solucionar os mistérios do espaço urbano! Busque o uso crítico dos dispositivos locativos. Lembre-se que o termo “mídia locativa” foi criado por artistas e ativistas para questionar a massificação dos LBS e LBT.

10. Use, divulgue e estimule o desenvolvimento de protocolos não-proprietários, de softwares colaborativos e de fonte aberta, de sistemas operacionais livres e participativos. A sua liberdade no mundo das mídias locativas é diretamente proporcional ao desenvolvimento da computação móvel aberta. Assim como na era do ciberespaço “lá em cima”, bem como na era da internet pingando nas coisas, lute contra o fechamento dos dispositivos, dos sistemas, dos softwares e dos contratos, como os que vigoram no atual sistema de telefonia móvel mundial. Busque, use e distribua jailbreak para todos os sistemas da mobilidade e da localização!

11. Pense que o único interesse do uso das mídias locativas é produzir sentido nos lugares. Se isso não acontece, desligue ou crie um uso que desconstrua o aparelho. Você não precisa ser preciso, você não precisa estar localizado o tempo todo, você não precisa ser sempre racional, um homo-economicus total para viver o local! Se os dispositivos ajudam, use-o, senão, desvie os usos (hacking) e, se não der mesmo assim, abandone!

2. Ache um equilíbrio entre o clique generalizado no mundo da informação e a contemplação ociosa. Desconecte e reconecte os seus dispositivos, sempre, diariamente, permanentemente. Pare, feche os olhos, abra os ouvidos e desloque-se apenas pelo pensamento, essa desterritorialização absoluta (Deleuze).

13. A questão da localização nem sempre está ligada ao espaço e ao movimento, mas ao tempo. Pense assim na duração, na viscosidade das coisas, na imobilidade, no tempo estendido. Saiba que nunca há “tempo perdido” e é impossível “matar o tempo”.

14. Independente de qualquer smartphone ou GPS, o que importa é que você já sabe onde está: "você está aqui" e "agora". Inverta a máxima de Walter Benjamin (1927) que afirmava que os “lugares foram reduzidos a pontos coloridos em um mapa”. Faça com que este pontos sejam efetivamente lugares.

15. Lute para que marcas, indicando nos mapas o que está perto de você, não evitem o seu encontro com o inusitado nem com o outro. Não se preocupe se não souber o que há por perto. Tenha consciência que, de qualquer forma, você sempre encontrará o caminho para os lugares que procura. Simples: peça informação, pergunte, procure indícios, encare o espaço como algo a ser desbravado, localmente, em contato com o mundo ao seu redor.

16. Pense nos cruzamentos, nas esquinas, nas diferenças de posicionamento; pense nas conexões, nas distâncias e nas aproximações; pense no audível e no inaudível, no visível e no invisível, no fixo e no mutável. Pense nos lugares como parte da sua existência, permanentemente em construção. Pense que você só é estando locativamente.

17. Dê sentido ao seu lugar no mundo, social, cultural e politicamente. As mídias locativas podem, através de anotações, de mapeamentos, de redes sociais móveis, de mobilizações políticas ou hedonistas e de jogos de rua, ajudar nesse processo. Mas tudo é potência e resta ainda o trabalho difícil, penoso, lento, de atualização.

18. Pense nos bairros, nos cruzamentos, nos caminhos, nos pontos históricos, nas bordas (Lynch). Sempre se pergunte como as mídias locativas podem agir em cada uma dessas dimensões: Como criar comunidade e agir politicamente (bairro)?, como proporcionar encontros (cruzamentos)?, como abrir novas veredas (caminhos)?, como criar novos marcos (pontos)?, como tensionar as fronteiras (bordas) com essas tecnologias?

19. Toda mobilidade pressupõe imobilidade e não existe e não existirá um mundo sem fronteiras. Fronteira é controle e controle pode ser liberdade. A imobilidade é uma condição da mobilidade e vice-versa. Só podemos pensar uma em relação à outra. Devemos mesmo estar imóveis para pensar a mobilidade e em movimento para pensar a inércia. Defina as suas fronteiras, tenha autonomia no controle de suas bordas, pare para se locomover e locomova-se para parar.

20. “Des-locar” não é acabar com o lugar, mas colocá-lo em perspectiva. Desloque-se e aproprie-se do urbano, escreva seu espaço com texto, imagens e sons, reúna pessoas, jogue, ocupe o espaço lá fora. As mídias locativas permitem isso. Mas se não conseguir fazer nada disso, então pense no uso e no porquê dessas tecnologias.

21. Mapas são sempre psicocartografias, nunca são neutros. Instrumentos técnicos, mnemônicos e comunicacionais, os mapas, incluindo aí os “Google Earth”, “Maps”, “Street”, e seus similares, são sempre expressões de visões tendenciosas do mundo. Eles sempre refletem estruturas de poder e servem como instrumentos para estender um domínio geopolítico. Pense na “miopia” dos mapas digitais. Compare os detalhes de Tóquio e de cidades da África nos mapas digitais para ter uma idéia dessa invisibilidade.

22. Saiba que todo mapa é uma mídia e que todo mapeamento é uma ação de comunicação, com mensagem, emissor, canal e receptor. Mapear é escrever e ler o espaço. Mapear é sempre um discurso sobre o espaço e o tempo. Mapas, como as mídias, são sempre formas de visualização, de conhecimento e de produção da realidade do mundo externo. Busque, como Borges no “Del Rigor de la Ciência”, criar mapas que sejam novos territórios na escala 1 x 1.

23. Construa mapas que desconstruam visões de mundo. Produza mapas do que não é mapeado em seu entorno, do que é invisível aos olhos bem abertos. Escape do cartesianismo, do racionalismo e das coordenadas geoespaciais. Tente usar as mídias locativas para descentralizar o poder de construção de mapas e de sentido sobre os lugares. Como diz Meyrowitz: “toda mídia é um GPS mental";

24. Não abuse das redes sociais móveis: encontrar amigos e conhecidos ao acaso pode ser mais interessante do que o tudo programado. A surpresa pode ser um ingrediente para grandes encontros. Mas pense também nas novas formas de voyeurismo, de controle, de monitoramento e de vigilância de amigos, familiares, empregados e empregadores.

25. Você é um ponto em roaming nos diversos sistemas (GPS, redes de telefonia celular, etiquetas RFID, redes Wi-Fi ou bluetooth...). Saiba que novos tipos de controle, monitoramento e vigilância (sutis, transparentes e locativos) estão cada dia mais presentes em tudo o que você faz, desde ligar o celular, acessar uma rede sem fio em um café, atualizar em mobilidade sua rede social, usar o caixa do banco, circular com uma etiqueta RFID em sua camisa ou pagar um pedágio automaticamente ao passar com o seu carro. Pense que não são apenas as câmeras de vigilância que estão te olhando!

26. Na atual fase da computação ubíqua e da internet das coisas, há os dados fornecidos, os “data”, mas há também aqueles que não são “dados”, mas captados à sua revelia e, as vezes, sem o seu conhecimento, os “capta” (Kapadia, et al.). Pense neles, nos “data” que você fornece e nos “capta” que te são roubados! Lute para proteger (agenciar) os novos territórios informacionais de onde emanam os invisíveis “data” e “capta”. Controle e defenda a sua privacidade e o seu anonimato, fundamento e garantia das democracias modernas. Crie, se for preciso, sistemas de contravigilância: sousveillance (Mann) contra a surveillance. No limite, forneça informações imprecisas ou desligue e torne-se invisível.

27. Não há apenas o panopticom do confinamento disciplinar de Foucault, mas o “controlato”, a modulação, a cifra e o “dividual” de Deleuze. As paredes não vedam mais nada. Os presos atacam da prisão. Para Pascal, o problema do homem é que ele não consegue ficar sozinho no seu quarto. Com as camadas informacionais, o que significa e qual a eficiência informacional de mandar alguém ficar de castigo, sozinho, no seu quarto?

28. Não há uso, distribuição, produção ou consumo neutro de informação e ou de tecnologias. Pense em como as mídias locativas podem te ajudar a criar e destruir seus territórios. Quais os limites dos seus territórios? Pense em maneiras criativas de contar histórias, de fazer política, de jogar e de se divertir. Essas tecnologias podem te ajudar a escrever e demarcar eletronicamente o seu espaço circundante, mas busque novas significações, novas memórias dos lugares, reforçar os vínculos sociais e o imaginário coletivo.

29. Comprometa-se em reverter a lógica dos olhares vigilantes, em produzir sons para ouvidos atentos, em criar imagens do passado atreladas ao presente. As mídias locativas só têm importância se ajudarem a produzir conteúdo que faça sentido para você e para o lugar onde vive. Não use passivamente nenhuma mídia, especialmente essas que agem sobre a sua mobilidade e localização no mundo!

30. Pense no uso da técnica (ela não é neutra), na comunicação como aproximação ao lugar e ao outro (ela não é impossível, mas improvável - Luhmann) e no seu lugar no planeta (ele é parte da sua existência). A pergunta deve ser: as mídias locativas te ajudam a encontrar o teu lugar no mundo?"

Joint it

Quer usar infográficos e não sabe quais critérios são necessários? Quer saber o que vale info ou não? Info estático ou dinâmico? Todas essas respostas estão no visualópolis, site de Alberto Cairo, jornalista e consultor em novas mídias. Vale a pena aprender suas lições.

LM

21 de abr. de 2009

Webby Awards: Vote now!



Já estão na rede os nomeados para a edição de 2009 do Oscar da Internet. O NY Times aparece em 13 categorias de um total de 70. Logo em seguida está a rede de tevê NBC. A seleção foi feita
entre 10 mil propostas de 60 países. Agora, está aberta à votação pública até o dia 3o para o prêmio People´s Voice. Os vencedores do Webby Awards serão conhecidos em 5 de maio.

LM

Why journalists should learn to code

Para pensar:

"If anything, learning how to build online and interactive stories gives journos a greater understanding of how web-based journalism is created and how they can enhance traditional print or broadcast stories. As with all multimedia skills, journos are more likely to be invested in the technical process if they have an idea of what's possible.

Also, learning computer skills makes journalists less dispensable and, for the unemployed, more marketable for future employment, which — let's be honest — can't hurt in the industry's current tumultuous state. Many journalism jobs now require someone who has both coding skills and writing experience, the latter of which many traditional computer programmers lack. Because many coders and developers aren't exactly rushing out to learn about inverted pyramids and cutlines, this gives the coding journalist an advantage.

There are many working journalists/programmers, some of whom are more fluent in one side or the other, and with computer programming being taught in J-Schools, even more should emerge in the coming years.

Learning HTML/CSS is useful for building web-based projects and knowledge of ActionScript is necessary for working in Flash environments. But unless you're planning a career as a developer, a deep understanding of Django, PHP or Ruby on Rails is not required."

Do 10,000 words

20 de abr. de 2009

Quando números viram notícias


Carlos Drummond de Andrade disse certa vez que "escrever é cortar palavras". Como aplicar essa regra na web, um meio que é ao mesmo tempo profundo e superficial no qual pode-se publicar notícias no tamanho da curiosidade de qualquer leitor? É o que trata o post Databases and polls: When numbers are the news, publicado no blog 10,000 words, ao propor organizar informação por meio de base de dados visual, disponível à pesquisa por meio de um clique no mouse.

A questão que se coloca é: Todos os números devem se transformar em visualização dinâmica?

A pensar,

LM

Para melhorar a legibilidade

Antonio Carusone replicou em seu blog artigo que escreveu para a Smashing Magazine sobre como melhorar o design gráfico de um site. Vale a pena ler. Um dos pontos mais interessantes e repetidos à exaustão por esta pesquisadora desde o final dos anos 1990 é o número de toques que um texto deve ter na página para incomodar a leitura. Carusone defende 65 toques. Na primeira edição do Guia de Estilo Web (Senac/SP) indiquei entre 70 e 75 caracteres. O cálculo foi feito com base na metodologia do papa do design Robert Bringhurst.


A pensar,

LM

19 de abr. de 2009

Medicine goes digital

reprodução Economist

Relatório do MIT publicado na edição desta semana da revista Economist mostra que está em andamento uma terceira revolução: a convergência entre biologia e engenharia. As ciências físicas apresentaram transformações por causa da tecnologia da informação, matéria-prima avançada, nanotecnologia e imagem, entre outros.

Processo semelhante acontecerá à biologia, pois será possível elaborar bases de dados médicas a partir de registros on-line de atendimentos e de pacientes. Essas informações irão fornecer um mapa que melhorará a prática clinica e também ajudará a reativar drogas para pesquisa. Os países em desenvolvimento já usam celulares para colocar um médico no bolso dos pacientes.

A pensar,

LM

Signal or Noise?

Com essa pergunta, a Newsweek aposta em um novo formato de interatividade. Em vez de o sujeito clicar em botões de alternativas sim ou não, agora basta arrastar o mouse para informar o grau de relevância do tema em destaque.

Nesta semana, a revista quer saber o que seus leitores pensam sobre o desarmamento na Coréia do Norte. A opinião pode ser complementada com comentário relacionado à enquete (ou o que lembra ser uma enquete).

E você? What do you think?

A pensar,

LM

18 de abr. de 2009

Creative commons x business plan

Ronaldo Lemos e Geert Lovink no Tuca (PUC/SP) - (Crédito: NetArt)

O pesquisador Geert Lovink postou em seu blog impressões sobre o evento Estamos preparados para o público 2.0, realizado na PUC, no último dia 14, e destacou a polêmica travada com o Ronaldo Lemos, diretor do Creative Commons no Brasil (CC). O clima esquentou quando Lovink questionou o advogado sobre como o CC pode gerar um modelo de negócios a artistas que compartilham autoria de uma obra. "I suggested to develop an alternative monetary peer-to-peer economy that will secure a basic income for the growing group of creative workers".

Para Lemos, a estrutura da internet faz com que as produções intelectuais sejam livres porque todo mundo pode criar e compartilhar obras, sobretudo coletivas, e não há como cobrar por isso. "O CC é um espaço voluntário, as pessoas escolhem ser querem usá-lo ou não. A web 2.0 foi institucionalizada, acabou sua fase heróica e não há mais o que dizer". Isso significa que há empresas privadas tentando ganhar dinheiro com as redes sociais.

O diretor do CC no Brasil defende que modelos de negócios devem ser baseados em uma reconfiguração das bases do Direito Autoral. Pois na cultura de rede pautada pelo remix (obras podem ser misturadas e recriadas). As Artes Plásticas, por exemplo, são afetadas por novos interlocutores.

Geerk enxerga no CC algo mais que uma opção ou idéia utópica. "O Creative Commons não tem o objetivo de deixar todo o conteúdo livre. Mas sim, racionalizar e flexibilizar copyright". Para o criador da Nettime, não basta criticar a indústria, "É fácil criticar o modelo tradicional. Difícil é dizer como a indústria criativa vai sobreviver . Não devemos fazer críticas de estruturas já estabelecidas? Como elaborar uma forma de pagamento independente dos bancos?

Lovink não concorda com críticas reducionistas e superficiais. Para ele, é preciso entender o contexto todo. "Os americanos dominam grande parte dos softwares, dos termos, e o Google tem um papel importante nisso, e os sites de redes sociais também. Temos que parar com esse mantra da cultura livre se não pudermos mostrar às pessoas como elas podem ganhar dinheiro com isso."

A grande questão do debate é "como cobrar conteúdo sem deixar de permitir compartilhamento e colaboração?"

Art & Creative Commons Debate in São Paulo, by Geert Lovink.

A pensar,

LM

Para não perder nada 2

Anote a programação deste sábado:

10:45-12:00 Panel. Citizen Journalism, User-Generated Content and Crowdsourcing: Who is Contributing to the Conversation and Why?*Chair: Cindy Royal, Assistant Professor, Texas State University at San Marcos Thinking about Citizen Journalism: Perspectives on Participatory News Production at Community Newspapers, Seth C. Lewis, Kelly Kaufhold, and Dominic L. Lasorsa, UT Austin UGC Status and Levels of Control in Argentine, Colombian, Mexican, Peruvian, Portuguese, Spanish, US and Venezuelan Online Newspapers, Elvira García de Torres et al, Universidad CEU Cardenal Herrera (Spain) When the Crowd Doesn’t See the Value: Crowdsourcing, Citizen Journalism, and the Cultural Production of Local Online News, Shayla Thiel-Stern, University of Minnesota, Minneapolis The Loud Public: Readers’ Comments in Online News Media, Na’ama Nagar, University at Albany-SUNY

12:00-1:00 Lunch sponsored by UT College of Communication

1:00-2:15 Panel. Reading Between the Lines: Investigations into the Messages, Frames and Perspectives on Online Journalism*Chair: Tom Johnson, Marshall and Sharleen Formby Regents Professor, Texas Tech University Framing Differences in Gender-Related Sport Coverage by Internet Sites and Newspapers, Edward (Ted) M. Kian, University of Central Florida State Policy and News Websites in China, Dong Han and Ying Zhang, University of Illinois at Urbana-Champaign Online Journalism: Reflections from a Political Economy of Communication Perspective, César Bolaño, Universidade Federal de Sergipe (Brazil) Readers’ Comments to Online Editorials as a Space of Public Deliberation, Edith Manosevitch and Dana Walker, Researchers, Kettering Foundation

2:15-3:30 Panel. Looking Inward: Tracking the Changes and Transformations in Today’s Newsroom*Chair: Amy Schmitz Weiss, Assistant Professor, San Diego State University (Symposium Research Chair) Technology, Physical Organization, and Spatial Culture in the Transforming Newsroom, Sue Robinson, University of Wisconsin-Madison Taking the Paper out of News: A Case Study of Taloussanomat, Europe’s First Online-only Newspaper, Neil Thurman and Merja Myllylahti, City University (United Kingdom)** Lost in the Ashes: A Case Study Demonstrating the Importance of Embracing the Share Economy for Environmental and Scientific Journalism, J. Richard Stevens, University of Colorado at Boulder Web Production, News Judgment, and Emerging Categories of Online Newswork in Metropolitan Journalism, Chris Anderson, Columbia University

3:30-3:45 Coffee Break

3:45-5:00 Panel. Invited Research Panel: International Journalism Perspectives from the Americas and Iberian Peninsula* Chair: Alfred Hermida, Assistant Professor, University of British Columbia (Canada)From Gatekeeper to Social Partner: Citizen Journalism and the Journalist in Web 2.0 Participatory Environment in Brazil, Elizabeth Saad Corrêa and Francisco Madureira, Universidade de São Paulo (Brazil) Why Should we Expect Worlds to Collide? A Case Study Analysis of “Jornal de Notícias” and its Strategic Production Changes, Luís António Santos and Manuel Pinto, Universidade do Minho (Portugal)Creating an Index to Calculate the Level of Convergence of a Medium, Manuel Gago Mariño, Moisés Limia Fernández, Carlos Toural Bran, Xosé López García, Teresa de la Hera Conde-Pumpido and Xosé Pereira Fariña, Universidad de Santiago de Compostela (Spain) Setting guidelines on how to design the news online: An analysis of the Portuguese online newspapers and their Spanish, Argentinian and Brazilian counterparts, Nuno Vargas, Department of Design and Image, University of Barcelona (Spain) The Use of Video Journalism and Other Types of Copyrighted Video in Teaching Journalism, Loreto Corredoira y Alfonso and Rodrigo Cetina Presuel, Universidad Complutense de Madrid (Spain)

5:00-5:30 Wrap-up
Chair: Rosental Calmon Alves, Knight Chair in Journalism and UNESCO Chair in Communication, UT Austin Charlotte-Anne Lucas, Online Instigator, WilCharMedia, (Symposium’s Rapporteur)

http://online.journalism.utexas.edu/index.php

LM

Para não perder nada

Impossível não saber o que está rolando no Online Journalism Symposium em Austin (Texas, EUA). A cobertura do evento aposta nos principais formatos disponíveis até agora: blog, twitter, webcast e galeria de fotos. Dá para acompanhar tudo em real time e ainda baixar os artigos apresentados.



Entre os temas discutidos no primeiro dia estão: open source (filtros de comentários, participação no conteúdo e alerta de erros), modelo de negócios, integração de redação, infográficos animados, narrativa visual em base de dados e vídeos no You Tube para complementar a narrativa.

Mostrar os debates a partir de várias mídias pode parecer too much, mas não é. Sobretudo porque não trata-se de replicar a mesma informação em diferentes formatos, mas operar como plus. O blog do simpósio é um exemplo disso.

Recheado de links relacionados às apresentações, traz um resumo dos conceitos que estão na ordem do dia em Austin, como a apresentação de Maria Teresa Ronderos, diretora do jornal digital colombiano Semana, sobre narrativas dinâmicas em base de dados.


Para o Twitter ficam os flashes, com pontos de vista de quem está na platéia, dos jornalistas que cobrem o evento e das milhares de pessoas conectadas ao microblog. No web cast, cobertura ao vivo e exclusivas.


Essa mistura de impressões e amplitude de ângulos dá uma idéia geral do bom planejamento quando há diversas mídias à disposição. Jornalistas estamos acostumados a pensar pautas em nosso quintal, sem ter a perspectiva de uma linuagem visual híbrida.

A pensar,

LM

16 de abr. de 2009

Como criar um mapa dinâmico



Na segunda parte de sua palestra em Reilly Where 2.0 Conference, em Burlingame, Eric Rodenbeck, fundador e diretor de criação do Stamen Design, explica como montar mapas dinâmicos na rede:

Mapping Now: Dynamic Realtime Maps and Other Pictures", and is basically the last part of the previous talk without the speedy fast-forwarding. Maps are never pefect representations of reality, and increasingly they are out of date before they are finished. Complicating matters, mapping of live phenomena (geospatial or otherwise) is becoming more and more prevelant, and even expected. Looking back to earlier representations of movement can help us figure out how to represent the fluid spaces that mapping is moving in to.

Do http://infosthetics.com

A pensar,

LM

Informação visual é mídia?

Eric Rodenbeck, fundador e diretor de criação do Stamen Design, responsável por projetos de design de Trulia Hindsight, Digg Labs, SFMOMA ArtScope e Flickr Clock:

Information visualization is becoming more than a set of tools and technologies and techniques to understand large datasets. It is emerging as a medium in its own right, with a wide range of expressive potential. Eric Rodenbeck provides an overview of the studio's recent projects, and insight into the studio's working process. This talk was given last year at the O'Reilly Emerging Technology Conference 2008 in San Diego.

Do http://infosthetics.com

LM

Como eu vim parar aqui?

Da série Vale a pena ver: imperdível a aula magna da ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP) deste ano.

LM

Open source na pauta do Simpósio de Austin


Começa nesta sexta-feira, 17, o Simpósio de Jornalismo Online organizado pela Universidade do Texas. O evento terá transmissão ao vivo pela web. Os papers dos palestrantes já estão na rede, tendo open source como um dos principais temas. Também estão disponíveis para download artigos, vídeos, transcrições e apresentações desde 1999, quando aconteceu a primeira edição (exceto em 2000).

Vale a pena incluir no bookmark.

LM

15 de abr. de 2009

CNN inscreve para concurso de jornalismo



Estão abertas até 29 de junho as inscrições para o 5º Concurso Universitário de Jornalismo CNN. O tema desta edição é “O uso da tecnologia no desenvolvimento social". O estudante pode enviar quantas matérias quiser em vídeo de até 2 minutos pelo YouTube. Quem vencer irá conhecer os estúdios da CNN International e terá sua matéria exibida na tevê.

Um luxo. Vamos lá?

LM

A não cobertura em tempo real no Twitter



Quando esta jornalista foi convidada para twittar o evento Estamos preparados para o público 2.0, realizado na quarta-feira, 14, no Tuca, não pensou que o micro-blog não suportaria mais que 119 postagens. No calor da discussão sobre uso de redes sociais x economia, aparece a seguinte mensagem: Uau, você ultrapassou o número de notas permitidas em um dia! Por favor, tente daqui a uma hora.

Daqui a uma hora? Como? O evento não vai esperar o Twitter liberar o acesso! A solução foi usar um perfil alternativo e transferir o final da cobertura para lá. Isso leva à seguinte conclusão: o Twitter não foi feito para fazer jornalismo nem tampouco coberturas ao vivo. Por diversas razões, destaco as que incomodaram mais:

1) não é possível editar posts. Ou seja, se você errou vai ficar errado, a não ser que apague a mensagem e a publique novamente.

2) há o limite de notas postadas em um dia (no meu caso, foram 119).

3) o total de caracteres permitido (140) não dá um lead.

4) a organização da cobertura vira uma bagunça porque no meio da lista surgem posts de pessoas ligadas ao seu perfil com assuntos desconectados, e isso trunca a informação.

Isso significa que não dá para cobrir jogos de futebol, carnaval ou desastres como se deve. O template simplesmente não suporta. Esse formato nos remete ao tempo real do início da web = texto + links. Pois é apenas o que se pode fazer no Twitter.

Talvez a resposta esteja na pergunta que Abel Reis, presidente da Agência Click, lançou à mesa: "O Twitter é uma forma de impulso confessional?" Ou seja, a função do micro-blog é a de reproduzir o cotidiano das pessoas? No limite, pode ter um propósito de auto-promoção (individual e empresarial), mas como espaço para jornalismo tem implicado consequências desastrosas.

Uma outra solução proposta por Geert Lovink é repensar o conceito de notícia. "O que é notícia para as redes sociais?". Lovink, um dos co-fundadores da lista de discussão Nettime e do festival de mídia tática Next Five Minutes (o primeiro do gênero no mundo), aposta em uma rede social organizada não pautada por modismos.

Para ele, Twitter, Facebook e MySpace são espaços onde as pessoas passam algum tempo e depois mudam-se para outro lugar. "As redes da moda serão substituídas por redes organizadas, menos vagas e mais focadas no que elas querem."

Mas essa é uma longa discussão que fica como lição de casa para os jornalistas que não deixamos passar nenhum hype da cultura de rede. Embarcamos em todos. Mesmo que seja para chegar a lugar algum.

A pensar,

LM

14 de abr. de 2009

Transmissão participativa da TV Cultura

Apesar dos problemas técnicos e da cobertura repetitiva na rede (twitteiros postando notas iguais) da entrevista com Demi Getschko, na segunda, 13, merece atenção ao formato que a TV Cultura tem dado ao Roda Viva: transmissão participativa.

Além de ter um acervo com grande parte das entrevistas realizadas no programa, a gravação pode ser acompanhada por áudio, bate-papo, twitter e flickr. O vídeo fica para a transmissão às 22h10. Quem perdeu a conversa pode assistí-la aqui.

A pensar,

LM

Está no ar o blog de trainee do Globo

Começa a operar mais um blog de programa de trainee em jornalismo: está na rede o Amanhã no Globo. Trata-se de mais uma fonte de dicas a aspirantes à profissão. Os estudantes já contavam com o Novo em Folha, do Grupo Folha.

meu comentário: Nada melhor do que aprender a fazer jornalismo com quem sabe fazer jornalismo. Principalmente quando os programas de trainee têm poucas vagas a oferecer.

LM

13 de abr. de 2009

Para redesenhar, Javier Errea

O blog 233grados entrevistou Javier Errea, consultor de design da Innovation, e o resultado é um bate-papo sobre jornalismo, crise econômica e a importância do redesenho. Para Errea, o jornalismo tem que "experimentar con herramientas narrativas nuevas es clave en el futuro de nuestros diarios y revistas. Claro que eso supone una revolución interna increíble. Pocos se la pueden imaginar: adiós maqueteros, más personal…"

LM

Cloud communication


A Sun Microsystems criou um guia com tudo o que precisamos saber sobre cloud communication (comunicação nas nuvens):

"began as large-scale Internet service providers such as Google, Amazon, and others built out their infrastructure. An architecture emerged: massively scaled, horizontally distributed system resources, abstracted as virtual IT services and managed as continuously configured, pooled resources. This architectural model was immortalized by George Gilder in his October 2006 Wired magazine article titled The Information Factories. The server farms Gilder wrote about were architecturally similar to grid computing, but where grids are used for loosely coupled, technical computing applications, this new cloud model was being applied to Internet services."

Isso significa que as empresas de TI podem compratilhar infraestrutura e propor programas que podem ser rodados de qualquer computador sem a necessidade de baixá-los. A IBM e o Google foram as primeiras a adotar esse modelo de arquitetura - Gmail e Google Docs.

LM

12 de abr. de 2009

Overdose de informação

Tudo bem que a estrutura narrativa da web é pautada por uma estética do banco de dados, mas é realmente necessário montar uma página especial como essa do NY Times sobre os impactos da imigração nos EUA e colocar tudo - infográfico, vídeo, texto, fotos?

A pensar,

LM

The not-so-big four

reprodução The Economist
Da The Economist

"The recession has been cruel to a business that depends almost entirely on advertising. Local television stations, many of them owned by or affiliated with national broadcasters, have seen advertising revenue fall by as much as 40% as car dealers and other retailers cut back. Later this month the national networks will test the market for advance advertising. It should prove better than the local market, but still difficult. And this painful cyclical problem coincides with a bigger, structural one: the audience for the “big four” broadcast networks is eroding.

It is not that people are watching less television. In the last quarter of 2008 the average American took in 151 hours per month, an all-time record, according to Nielsen, a market-research firm. The trouble is the growth of choice. More than 80% of American households now get their television via satellite or cable. To them, the broadcast channels are just items on a menu containing hundreds of dishes.

The networks can still produce hits. “American Idol” and “CSI”, respectively an amateur singing competition and a forensic-science drama, routinely attract more than 20m viewers—three times as many as the most successful cable shows. But occasional triumphs do not add up to a sustainable business model. "

íntegra

LM

11 de abr. de 2009

Sem redundância

Não é sem razão que este blog repete à exaustão exemplos de edição baseada na redundância de textos e ícones para fazer o leitor entender como navegar. Em algumas situações é coerente repetir para marcar a informação. Mas no caso do design de web não dá para entender qual é a justificativa de usar setas para frente e para trás ou números para explicar que as fotos são randômicas e obedecem uma ordem de publicação.

Por outro lado, há um avanço brutal no uso de ícones e chamadas dos sites jornalísticos. As redundâncias desapareceram por completo. Isso mostra que está em processo de criação uma tipologia de edição jornalísitica em ambientes digitais e uma clara noção de que o usuário navega intuitivamente sem precisar de guias ou mapas.

A seguir, destaco exemplos recortados nesta sexta-feira, 10, das capas de G1, iG, Último Segundo, O Globo, Folha Online, Estadão e Terra.

Bravo!


Folha Online: ícone mostra que trata-se de um vídeo. Não é preciso mais

O mesmo acontece na edição dos canais Podcast e Multimidia da Folha


O Terra eliminou completamente as repetições que marcavam sua homepage

Terra

Terra



Home do Último Segundo: ícone chama para a galeria de fotos


Organização da capa do G1


No estadao.com, os ícones marcam bem os elementos apresentados

Apesar disso, ainda há ajustes a serem feitos, como nos sites de O Globo e G1: pecam pelo excesso de ícones na capa, além do inabalável "clique aqui"

e pela redundância

O Globo

Já o uso de setas e números na edição de fotos randômicas virou padrão


Folha Online
Terra
iG
iG

G1
G1
A pensar,
LM