Já está na rede a nova versão do estadao.com.br, assinada pela Case i Associats, do jornalista brasileiro Chiquinho Amaral. Totalmente influenciado por traços europeus, a versão digital do jornalão do Grupo Estado entra no ar com um tiro certeiro, duas palavras-chave que nortearam a edição daqui para frente: importante e interessante.
Mais do que organizar melhor o conteúdo, diagramado em colunas, privilegiando o hard news, o diferencial da reforma é proposta de construção da primeira página, algo ainda pouco pensado em desenhos de interface, que geralmente transformam portais e sites jornalísticos em uma miscelânia e sem possibilidade de auto-organização.
Em relação ao papel, cuja idéia de análise, aprofundamento e exclusividade voltam à discussão a cada reforma gráfica e editorial de jornais com versões impressa e digital, como é o caso de O Estado de S.Paulo, sabe-se que não é mais novidade esse tipo de abordagem.
Na reforma da Folha de S.Paulo de 2006, coordenada pelo designer Mario García, falava-se em aposta em conteúdo exclusivo, conforme explicara, na ocasião, Otávio Frias Filho, em entrevista ao Jornalistas & Cia:
Também não é nova a idéia de convergência de mídias e de pessoas em torno de um produto apenas. Dezenas de jornais mundo afora apostaram nessa mistura que, na maioria das vezes, não passa de mídias distribuídas em telas que se assemelham a um power point, organizado com foto, vídeo, áudio, slide show e texto, entre outros (BEIGUELMAN: 2009; MANOVICH: 2008, p. 41).
Portanto, ainda continua o desafio (a todos os jornais) de oferecer notícia de qualidade, com credibilidade, do tamanho da curiosidade dos leitores de papel e web.
Nenhum comentário:
Postar um comentário