30 de mar. de 2010

Sobre interfaces

Por Carlos Scolari:


Interfaces (I): las nuevas interfaces de lectoescritura que nacen y seguirán naciendo a partir de la difusión de los dispositivos portátiles se ubican en una serie evolutiva que comienza con las tablillas de arcilla de la Mesopotamia Asiática, sigue con los papiros, continúa con los códices y en la Modernidad adopta la forma de un libro impreso. En los iPads y dispositivos similares muchos elementos de todas estas interfaces de lectoescritura se recombinan para dar lugar a una nueva experiencia de lectura. También en este caso se cumple a rajatabla una de las leyes del ecosistema de las interfaces: las interfaces no mueren, se transforman (Fahrenheit 450 - primera parte).


- Interfaces (II): muchos se preguntan cuál será la interfaz digital de lectoescritura... ¿Será el iPad de Apple? ¿O el WePad, la alternativa alemana al gadget de Apple? ¿Tiene futuro el Kindle con su interfaz en blanco/negro y limitadas funciones de conexión? ¿O el futuro será de los minidispositivos como el iPhone? El ecosistema de las interfaces de lectoescritura atraviesa un momento de gran efervescencia donde todo se combina y reconfigura... Amazon propone una aplicación Kindle para el iPhone, Barnes and Noble sigue sus pasos y prepara una aplicación para el iPad y la revista Wired piensa que los heavy-readers apostarán por el Kindle mientras que los lectores ocasionales se irán al iPad (E-Readers Will Survive the Onslaught of Tablets). Esta agitación debería conducir a un momento de estabilidad, pero todavía falta bastante para llegar a ese equilibrio (Fahrenheit 450 - segunda parte).



28 de mar. de 2010

Campanha 2010: a importância do conteúdo



Ao contrário do que dizem os curandeiros internáuticos, conteúdo é o combustível das redes sociais. Para se ter uma idéia da importância de circular informação para "fazer rede", basta ler na Folha de S.Paulo (ver reprodução acima) deste domingo, 28, como será a estratégia das campanhas à presidência da República de Dilma Rousseff e José Serra.


Alguém ainda duvida? 

27 de mar. de 2010

Besides the Screen


Muito bom:
Do http://projectlandscapes.com
deadline: 11/06/2010 

Besides the Screen: Moving Images during Distribution, Exhibition and Consumption

New media technologies impact cinema well beyond the screen; they also promote the reorganization of its logic of distribution, modes of consumption and viewing regimes. Once, it was video and television broadcast that disturbed traditional cinematographic experience, revealing the image as soon as it was captured and bringing it into the home of the audience. Nowadays, computer imaging and online networks cause an even stronger effect to the medium, increasing the public agency in the movie market dynamics.

In order to understand how these significant changes in the modes of accessing and distributing moving images might affect cinematographic experience, economy and historiography, we are obliged to rethink not only of its future, but its past as well. Besides the Screen is a one-day international symposium that aims to map research projects on new and old forms of moving image distribution, exhibition and consumption.
Themes:

· Contemporary views of traditional exhibition venues
· Online video archives and directories (archive.org, youtube)
· Non-traditional distribution networks
· Peer-to-peer and filesharing
· Film & video piracy
· Transnational distribution
· Projection-based performances (vjing/ live cinema/ etc.)
· Market regulations (DVD distributions, release windows, ratings)
· Contemporary and historical film societies
· Non-commercial exhibition spaces (art galleries, outdoor screenings, etc.)
· Intersections between IPR, copyright & film distribution/exhibition.

Proposals for paper presentations in the form of 250-word abstracts, to be sent to the emailbesidesthescreen@gmail.com

(via Priscila Frossard, no Buzz)

26 de mar. de 2010

As tags foram parar no papel

Recurso usado no discurso de posse de Barack Obama à presidência dos EUA e nos atuais, a nuvem de palavras é interessante para avaliar a importância do que se diz, como a arte feita pela Folha de S.Paulo para marcar a fala de José Serra, Dilma Rousseff e Lula, na quinta-feira (25), em evento em Tatuí, onde foram entregues 650 ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).


Reprodução Folha de S.Paulo

+ tag cloud

21 de mar. de 2010

"Internet é mais banco de dados do que canal"

Da Folha de S.Paulo:


Não se vê menos TV. Há mais gente assistindo do que há dez anos, mas em outras telas. A audiência está se diluindo. As coisas vão acontecer em todas as telas -é irrelevante discutir em qual delas", diz Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco e chefe do Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife). 


Segundo ele, no Brasil, emissoras se confundiram com redes de televisão. Juntaram, assim, duas discussões: o meio internet e TV e os conteúdos.


Há dez anos, a companhia espanhola Telefônica criou no Brasil o Terra TV, que funciona como várias emissoras e exibe séries, jornalismo e esportes. 


Como empresa estrangeira, a Telefônica não poderia controlar uma emissora. Mas não há leis para esse serviço na web.


"No início, os detentores de direitos não tinham conhecimento do papel da rede", lembra Paulo Castro, diretor-geral do portal Terra Brasil. A virada, diz, ocorreu em 2006, "quando a Fifa entendeu que havia espaço para novas mídias e conseguimos licenciar jogos da Copa".


Em 2010, o Terra TV foi alternativa na transmissão dos Jogos de Inverno de Vancouver. Detentora dos direitos da competição para sinal aberto, a Record levou 80 profissionais ao Canadá e transmitiu mais de cem horas de programação para 38,3 milhões de pessoas.


Já o Terra montou equipe de 60 pessoas e contabilizou 8,3 milhões de acessos aos vídeos. Ali, o internauta pôde acompanhar, quando quis, até várias competições ao mesmo tempo.


Para Castro, a internet concorre com a televisão pela atenção do usuário, "mas é mais um banco de dados que um canal".


A democratização da oferta é óbvia. Com o barateamento da tecnologia e facilidades de veiculação, em tese, qualquer um pode ter seu canal. "Mas é uma falácia dizer que a Globo vai competir com amigos que têm uma câmera. A capacidade empresarial será levada para a internet", diz Charo Chalezquer, da Universidade de Navarra.


Porém, mais do que qualidade, os direitos sobre o conteúdo chamam a atenção. O Congresso está longe de abordar o assunto, que se resolve na prática. Exemplo: nesse mês, a MTV notificou o Google para receber por vídeos no YouTube.


Além dessa, outra questão avança pelo subsolo: a rede de banda larga, a qual o governo promete universalizar. Sem infraestrutura, é inócuo falar de novos modelos de negócios ou tendências de consumo.


Em abril, o Executivo deve apresentar um plano nacional, com implementação efetiva em 2011. A meta será chegar a 300 municípios até o final do ano. O objetivo inicial, porém, era concluir o governo Lula com banda larga em 3.200 cidades.


Mais
Espectadores reclamam de versão musical
Decifra-me ou te devoro
Frases
Em tempo real, anúncio "escolhe" internauta
(acesso para assinantes)

Blogs e jornais são a mesma coisa?




Excelente discussão traz o Los Angeles Times, replicada pelo Gawker, sobre o fato de a cobertura dos blogs assemelharem-se à de jornais impressos. E mais: os blogs agora disputam os leitores da mídia de papel, com notícias quentes, trazem artigos, fotos editadas ou arte e oferecem à audiência material jornalístico com profundidade, como o Politico ou Deadline Hollywood.


O Times arrisca uma justificativa: de que as pessoas lêem notícias linkadas em redes sociais Por isso, não faz sentido não postar no Twitter ou Facebook um título que não seja objetivo, com sujeito, verbo e predicado. Também não interessa a ninguém notícias com erro de informação e gramática, essas não serão replicadas na web. 


Obviamente que há diferenças entre as plataformas: o blog busca informações em tempo real, enquanto os jornais têm um dia para apurar um fato. A grande questão é se os blogs disputam leitores com a mídia impressa, o que os publishers devem fazer diante do tweet de Cynthia Shannon, de São Francisco?: "Há algo muito errado quando Drudge e Gawker tornam-se minhas principais fontes de notícias."




18 de mar. de 2010

17 de mar. de 2010

Facebook ultrapassa Google nos EUA

Mais uma do Hitwise Intelligence: Facebook ultrapassa o Google no ranking sites mais acessados nos EUA. A rede social que abriga cerca de 400 milhões de usuários pelo mundo respondeu, na última semana,  por 7.07% dos acessos naquele país. Já a empresa de Sergey Brin e Larry Page ficou com 7.03% dos acessos.

16 de mar. de 2010

Para o bookmark



(via André Lemos, no Facebook)

Há lugar para notícias nas redes sociais?

A resposta é não, segundo análise recente do Hitwise. A resposta à pergunta: "So what are the top places that users go from Twitter?" é a seguinte: Cerca de 60% das pessoas vão a outras redes sociais e sites de entretenimento, principalmente a sites de fotos e compartilhamento de vídeos, como Twitpic, Tweetphoto, YouTube, Vimeo e CollegeHumor, entre outros. 

Diante dos dados apresentados, nova pergunta: "So why don’t more Twitter users go to news and media web sites?" Talvez os usuários não estejam tão interessados em notícias como os do Facebook (3,64% deles visitam sites noticiosos - aproximadamente 15 vezes o tráfego do microblog para essa categoria).


Mas a razão para o Twitter não puxar o tráfego é o fato de os jornais/sites/ portais não fazerem bom uso da rede social para promover seus conteúdos, conclui a análise. O levantamento indica que muitos têm feeds RSS e alguns têm até milhares de seguidores, mas quanto engajamento vem daqueles links?A resposta é negativa: Na maioria dos casos, muito pouco.

Já está na rede o State of the News Media 2010

State of News 2010

Visualising the internet

Vale a pena navegar pelo SuperPower, um mar de dados oferecido pela BBC sobre redes sociais, sites noticiosos e browsers, entre outros. Entre os portais, o UOL é destaque, com 27.726.174 visitantes únicos. Na categoria Media/News, está o Globo, com 23.255.841 visitantes únicos. 

15 de mar. de 2010

Anúncio improvável

No início dos anos 2000, um anúncio de conteúdo do concorrente seria inadmissível. Mas como tudo mudou, ainda que as questões econômicas pautem as mudanças, não causa estranhamento ler o aviso na home page do UOL sobre as mudanças no estadao.com.br

14 de mar. de 2010

estadao.com.br de cara nova


Já está na rede a nova versão do estadao.com.br, assinada pela Case i Associats, do jornalista brasileiro Chiquinho Amaral. Totalmente influenciado por traços europeus, a versão digital do jornalão do Grupo Estado entra no ar com um tiro certeiro, duas palavras-chave que nortearam a edição daqui para frente: importante e interessante

Mais do que organizar melhor o conteúdo, diagramado em colunas, privilegiando o hard news, o diferencial da reforma é proposta de construção da primeira página, algo ainda pouco pensado em desenhos de interface, que geralmente transformam portais e sites jornalísticos em uma miscelânia e sem possibilidade de auto-organização.

Em relação ao papel, cuja idéia de análise, aprofundamento e exclusividade voltam à discussão a cada reforma gráfica e editorial de jornais com versões impressa e digital, como é o caso de O Estado de S.Paulo, sabe-se que não é mais novidade esse tipo de abordagem. 

Na reforma da Folha de S.Paulo de 2006, coordenada pelo designer Mario García, falava-se em aposta em conteúdo exclusivo, conforme explicara, na ocasião, Otávio Frias Filho, em entrevista ao Jornalistas & Cia: 

"Estamos também interessados em valorizar o espaço de interpretação, de opinião e de análise. Há um certo consenso de que o jornalismo de qualidade deve cada vez mais reforçar esses aspectos, buscando o aprofundamento da notícia, o contexto interpretativo. E em relação à notícia, ao hard news, que continua e continuará sendo a espinha dorsal do jornal, pretendemos encontrar formatos gráficos que permitam explorar cada vez mais histórias próprias, exclusivas, deixando num plano mais secundário as notícias mais comuns, compartilhada por todos os veículos e que também já saíram na televisão e na internet." 
                                                      
Também não é nova a idéia de convergência de mídias e de pessoas em torno de um produto apenas. Dezenas de jornais mundo afora apostaram nessa mistura que, na maioria das vezes, não passa de mídias distribuídas em telas que se assemelham a um power point, organizado com foto, vídeo, áudio, slide show e texto, entre outros (BEIGUELMAN: 2009; MANOVICH: 2008, p. 41).

Portanto, ainda continua o desafio (a todos os jornais) de oferecer notícia de qualidade, com credibilidade, do tamanho da curiosidade dos leitores de papel e web. 

13 de mar. de 2010

"Eletrônicos duram 10 anos, livros duram 5 séculos"

TV EstadãoEm entrevista a Ubiratan Brasil, o ensaísta e escritor italiano fala sobre "Não Contem com o Fim do Livro" e discute o futuro da leitura


Estado estréia novo projeto gráfico


Are digital editions killing printed newspapers?

Deu no Guardian:


"Are digital editions killing printed newspapers, too fast?


• Year-on-year sales of national dailies down 4.42%
• FT records 15% rise in number of online subscribers in a year


A snowy, frozen February isn't exactly sprint forward time for newspapers sales – and they didn't: national dailies down 4.42% year on year, and Sundays 6.19%. The decision to drop bulk giveaways a few months back makes the comparative situation more difficult to read, of course. But there two are particular talking points to ponder over two particular figures. Here's The Guardian, suddenly down 5.88% on January's ABC result, and an article in PC Pro magazine praising its app as "the blueprint for newspaper mobiles … so good, we've stopped buying the newspaper".

And here's the FT, boasting 126,000 subscribers clustered behind its paywall, up 15% in a year (and 43% in revenues garnered). But look at its UK full-price sales, down to 63,722 (from 79,153 a year ago). Paid up, or free? Maybe, once you've forked out £158 to jump over the FT wall, you don't see much reason to pay £2 for a print copy. Maybe a £2.39 app produces exactly the same result, coming from a quite different direction. Discommoding things are beginning to happen too fast."