15 de abr. de 2008

É legítimo o dedo indicador?

Até que ponto o desenho depende do texto para nomeá-lo? Também não se pode recusar qualquer denominação à imagem. Fotografias geralmente são legendadas, classificadas, descritas.
É preciso pensar modos de descrever imagens, vídeo, multimídia e slide show, por exemplo, sem que haja determinação de tautologia.

A relativização faz sentido sobretudo no jornalismo digital, um novo subcampo do jornalismo, ainda sem práticas totalmente definidas, mas que se torna um retrocesso quando se compara, por exemplo, a primeira página de um jornal de papel com a de um jornal digital. O papel vence, guardadas as diferenças de suporte e as possibilidades que cada um permite.

Mesmo desconectada, a capa do papel nos atrai pela forma pela qual é composta, pelos elementos que a integram. Uma foto bacana, uma manchete inteligente, chamadas interessantes nos levam para as outras páginas, também pensadas a partir de um projeto gráfico que contemple critérios estabelecidos (no que se refere a estilo, formato, diagramação, redação e edição).

No caso do jornalismo digital ainda não há uma sistematização desses critérios. Não há um fazer determinado. Pensado. Projetado. Há, simplesmente, um fazer. Estar conectado. Estar na rede. Ter multimídia. Ter interatividade e blá, blá, blá....

LM

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