do Link, estadao.com.br
"Pedro Markun é consultor de mídias sociais, mas seria melhor definido como um ativista. Um ativista hacker. Ele toca com a Daniela Silva o Transparência HackDay, grupo crescente de pessoas que estão dispostas a usar a tecnologia para mudar a maneira como é feita a política.
Eles ficaram conhecidos no ano passado, ao clonar o Blog do Planalto, e ao longo de 2010 realizaram várias ações interessantes na Esfera, empresa que funciona dentro da Casa de Cultura Digital.
Markun e Daniela também foram destaque em março no Link, em reportagem sobre webcidadania – o tema, aliás, o levou a ser convidado pelo para participar de um debate sobre o assunto na série de encontros na Livraria Cultura, em maio.
Markun e Daniela também foram destaque em março no Link, em reportagem sobre webcidadania – o tema, aliás, o levou a ser convidado pelo para participar de um debate sobre o assunto na série de encontros na Livraria Cultura, em maio.
Agora, Markun faz seu balanço do ano:
O que de melhor e de pior aconteceu em relação ao mundo digital em 2010?
O controverso caso do Wikileaks e principalmente a (des)organização de uma resistência ativa por parte dos ‘Anonymous’ e ao mesmo tempo a virulenta resposta do governo e das corporações norte americanas ao vazamento dos documentos na rede simbolizam pra mim o que de melhor e pior aconteceu na rede esse ano.
O exército anônimo que sitiou o PayPal da mesma maneira que o PayPal resolveu sitiar o Wikileaks é prova cabal de que a internet pode transformar as políticas e que o digital continua sendo uma excelente arma para David derrotar Golias.
Esse caso também reforçou (para o bem e para o mal) a noção de que as fronteiras internacionais já não fazem mais tanto sentido e que pensar em uma esfera pública interconectada é pensar em um mundo conectado.
O que de melhor e de pior aconteceu em relação ao mundo digital em 2010?
O controverso caso do Wikileaks e principalmente a (des)organização de uma resistência ativa por parte dos ‘Anonymous’ e ao mesmo tempo a virulenta resposta do governo e das corporações norte americanas ao vazamento dos documentos na rede simbolizam pra mim o que de melhor e pior aconteceu na rede esse ano.
O exército anônimo que sitiou o PayPal da mesma maneira que o PayPal resolveu sitiar o Wikileaks é prova cabal de que a internet pode transformar as políticas e que o digital continua sendo uma excelente arma para David derrotar Golias.
Esse caso também reforçou (para o bem e para o mal) a noção de que as fronteiras internacionais já não fazem mais tanto sentido e que pensar em uma esfera pública interconectada é pensar em um mundo conectado.
E no Brasil?
No Brasil? Creio que o começo efetivo do processo de um Marco Cívil foi uma grande conquista dos e para os internautas. A perspectiva de ter uma legislação discutida publicamente com a sociedade que garanta os direitos das pessoas na rede é realmente interessante.
Por outro lado, o número de projetos de lei que atacam as liberdades individuais na rede continuam aumentando. E não conseguimos enterrar efetivamente o AI-5 Digital que toda hora aparece para assombrar.
Qual foi a principal tendência digital de 2010?
Creio que os ‘apps’ puxados e consolidados pelo lançamento do iPad foram a principal tendência de 2010.
E qual deve ser a principal tendência para 2011?
A discussão sobre privacidade e dados abertos que esse ano entrou em pauta diversas vezes – Facebook, Diaspora, Wikileaks! – deve ganhar corpo no ano de 2011. Vai ser um ano importante na batalha pela liberdade da rede. Limites estão sendo testados e estamos todos aprendendo ainda a operar nessa nova esfera pública. Os governos e as grandes corporações vão entrar com tudo na briga e não vão fazer corpo
mole.
Vai ser o ano do império contra-atacar. Com direito a estrela da morte explodindo paises inteiros da internet… mas vai ser o ano também do empoderamento do cidadão digital e da consolidação de uma resistência."
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